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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Liberdade altruísta


A minha liberdade termina
onde a do outro começa!
O amor esmaga a minha existência!
Vou me perdendo nos encontros,
rendendo-me à experiência.
O mundo é feito de mundo!
Coisa alguma o é. Tudo e nada são tudo!
Como faz falta a pétala à flor!
Que falta me faz o tempo que já fui
e o que não sou!
Como ousar ser?
Desintegro tal qual a noite
desintegra o entardecer,
integrando-o, entregando-o.
Quando choro, pingo!
Quando amo, grito!
Quando clamo, sinto!
Quando vivo, aconteço!
Quando calo, emano!
Quando falo, estou!
E vou! Doendo vou, parindo vou, nascendo vou...
Parto de uma longa gestação!
Prematura! Incubada pelo medo,
pela dúvida e pela fé.
E tal é a gênese do canto,
qual canto o meu mundo é
                                   [Lugar da canção!
E me encanto na infinitude, na beleza da incompreensão,
Na partilha, no usufruto, na identidade e na fusão...
No estar em tudo e não se saber nada;
No pertencer e não ter;
No ser hóspede e morada;
No executar e reconhecer:
A minha liberdade termina
Onde a do outro começa!

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