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domingo, 4 de março de 2012

Amigo das horas e dos versos


Vá guardando as horas que não demoro a chegar!
Se atrasares os ponteiros, deixa estar...
O tempo é poesia das incertezas!
Amigo, guarda também os rascunhos de mim.
Pode ser que o curso das letras
venha a compor canção.
E findo os dias de canto,
sirvam os versos de consolação.
Quando me encontrares, leve as horas,
Pois hei de ser passageira!
Mas não cesse de me ler!

Monólogo da ausência


Alguém vem, a passos incertos ocupar o lugar das saudades,
enquanto sou toda amor, entregue às ausências.
A falta usurpa a chegada,
e releio horas a fio diálogos perdidos.
Emendo silêncios!
Se estás aqui, ou lá não sei.
Sei bem que tenho saído do meu lugar.
Vou por aí despindo a identidade das almas,
Adulterando-as com um pouco de mim!
Se estiveres bem perto, achegue-se!
O meu peito acomoda o desejo do encontro.