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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Já não são os mesmos olhos. Nem tampouco se sabe qual sua cor!
 Tatear as palavras já não apetece a alma, agora tecida em retalhos e lucidez.
Outrora as palavras eram luz, paixão, esperança, ou qualquer outra coisa assim, arrebatadora. 
O coração já não salta ao olhar! A estabilidade assusta, mas traz contornos de amadurecência.
Olham-se as palavras, olham-se sem se ver... 
Para onde pode ter ido tudo o que antes estivera ali, estampado? 
Onde, de repente se punha o gosto por desnudar as letras, ou, 
em quais consoantes se escondem o afeto e o amor incondicional por costurar diálogos?

Os olhos carregam novo discurso, novo tom! 
Os olhos carregados, aos poucos se fecham à face apática e infeliz
 de um falar frouxo e caduco de si. 
Os olhos são segredos de outros cantos, agora mudos, mas lisonjeiros.