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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Em miúdos


Hoje é mais um dia daqueles, DAQUELES, para ser mais exata. A rotina, os carros, as pessoas e eu, partes (do verbo partir, do modo repartir, no tempo presente, das últimas pessoas do individual) de um todo, e todo de umas partes. O planeta gira! É o que me disseram! As horas passam, enquanto ainda estou aqui. Há alguns dias atrás tive uma tremenda decepção ao constatar que o amor é relativizado tal qual o homem. A "teoria de Einstein" nunca esteve tão em voga. O tanto faz, à qualquer momento, o tudo nada e o talvez quem sabe. Concordo que não sejamos donos das possibilidades, co-autores talvez, mas contribuimos de modo significativo para sua construção, portanto não coloquemos a culpa no tempo, somos tempo, o tempo está em nós. 
Hoje, não quis escrever muito, não quero! Quero tão somente expor minha chateação. As evidências de mundo e de homem me apavoram. Tenho fobia dessa coisificação e capitalização do ser! Como as pessoas são capazes de ferir sem medida, pelo prazer imediato de ser bem mais que o outro. E outro quem é o outro? Se não uma extensão de si mesmo? É a mim que faço quando faço ao outro ou deixo de fazer. Mas poucos talvez se importem consigo, vivem apenas o calor da hora e a negligência do depois da hora. E mais uma vez recaímos sobre o tempo, e o tempo sobre nós imortalizando os fatos e os efeitos. É a moeda da vida!
Eu quis escrever pouco, porque talvez não soubesse encontrar o mais. Tenho fugido do exagero, o muito é desperdício! Mas na verdade quero falar tudo, de tudo, contudo, poucas palavras emergem de mim. As significações pairam no olhar, intactas e indescritíveis. As palavras já não comportam a razão dos signos e pouco tenho a dizer se não o muito a calar.

Aos homens o meu mais audível silêncio. Ao mundo a minha ignorância. À mim os homens e o mundo!