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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Rabisco

Lápis no papel e nada na alma!
Essa falta de nomes que teimamos em imputar às coisas.
Nesse estado de êxtase a mão executa a canção!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Vida pixels

       Diante do mundo suprimido em uma pequena tela plana... O mundo está todo aqui, mas ninguém me vê. Horas a fio olhando rostos maquiados de felicidade, mas ninguém me sorri. A música que toca é incongruente ao susto. Avoco a calma, mas não é do mundo que ela me vem, não é da música que intervém, é de dentro, sim, de dentro. O que vejo não é o que vivo, é simplesmente o esboço trágico da vida ideal. Ideia tola essa de pintarem o cinza de rosa e deixar que do rosa só reste cinzas.
       É apenas uma tela pintada de mundo! – prefiro pensar.  Apresentam-me esse pacato quadro de realidade como se tom sobre tom harmonizassem a guerra de cores. Do lado de cá nada dura menos de uma vida, contrariando a vontade de fracionar o tempo. Aqui é muito mais fato do que o que dizem ser, a verdade é que já não se contam histórias como antigamente, as histórias é quem nos contam, e tudo se esvai na linha do tempo, contrariando o desejo de emancipação.
       Vou de encontro à lente e me pego contemplando do outro lado os meus olhos perplexos de verdades. Mas é na mentira que te procuro todas as vezes em que não estás aqui. Não posso simplesmente negar que das vidas que me restam, é na realidade inventada em pixels que te tenho e te liberto para dentro de mim!